8/28/2006

A la carte

Meu coração promete longa vida
aos sentimentos perecíveis
Este poema me consome
conforme as instruções do verso
Validade vencida
Rótulo desfeito
Lacre rompido
Ingredientes de um dejà vu

2 comentários:

Paulo Cezar S. Ventura disse...

Sou daqueles que lê manual de instruções. Isso ajuda às vezes, principalmente para dar aquele tempo aos afoitos para que pensem.
Para que serve o objeto? E o amor-objeto, tem validade? Ele cabe na lata do poeta? Amor-capacho só serve para que dancem em cima com sandálias de salto alto? Se espremermos as paixões elas ficam vermelhas e cremosas como massa de tomate? Mistérios também tem data de validade? Untarei-me com o creme dessas emoções. Quem sabem ganho uma lambida!

Anônimo disse...

O destino do amor-objeto é acumular pó no museu das vanidades.
O amor-objeto não tem prazo.
Nem validade. Não vale de verdade.