Versos bárbaros,
Invadam meu poema esta noite
Libertem os vocábulos obscenos
Degolem todas as palavras de família
E tirem as mordaças dos adjetivos devassos
Vamos conjugar o verbo no deleite mais que perfeito
E espalhar o terror no glossário pudico
Destruir o Templo das Orações sem Sujeito
Anexar os Vulcões da Lascívia ao território dos Amantes Mornos
Palavras virgens, entreguem-se aos transitivos
Línguas mortas, ressuscitem na boca do povo
Que todos vejam:
Arrombamos os parênteses.
O poder está despido.
O pudor está deposto.
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