6/16/2006

Poema de cera


Vou casar palavras primas para criar versos surdos
Leia meus lábios, tu que tens o coração mudo
É preciso aprender a amar a febre
Apaixonar-se por palavras alaranjadas
Cultivar verbos defectivos que não saibam colorir em qualquer pessoa
Somente palavras sonâmbulas florescem delírios
É preciso beijar como frangélico
Calar a boca e envolver a língua
Dar-se por completo em cálices de licor
É preciso aprender o segredo das velas
Entregar-se às chamas, escorrer em cera e derreter-se em cor.

Um comentário:

Paulo Cezar S. Ventura disse...

Você é linda, eler bela, eler vaga, eler várias, eler poeta, eler lânguida, eler lábios, eler leites das muitas tetas que me alimentam.