4/03/2006

Meteoros

O que fazer quando as palavras se tornam imprecisas
E não conseguem traduzir o que se pensa?
Quando a poesia ainda é tão latente, tão sincera, tão intensa
Que nem ao menos se materializa?

Se me faltam palavras
Deixo de ser poeta
Sou apenas um casulo abandonado pelo último verso

Esta é a crueldade dos sentimentos-meteoros
Não podem tocar a órbita das palavras
Procuram outras rotas para chegar

Mas como posso abrigar o que existe por tua causa e a ti pertence?
Como entregar o que em letras não se fez manifesto?
E como viver sem te dizer o que penso?
Somente boca a boca se entregariam todos os versos.

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