9/22/2006

Ponto

Sou ponto em meio às reticências
Sou ponto só
E, só, quero ser e estar

Nao vou insinuar promessas
Explicar o que não interessa
Nem colorir as telas de Seurat

Tenho sede do fim
E de tudo o que venha após mim
Condeno ladainhas ao precipício

Meu medo é o mesmo

Minha fé é a morte
Meu desejo, o início.


2 comentários:

Paulo Cezar S. Ventura disse...

Eu sou a linha torta
perdida nos planos inclinados
rabiscada por mãos incrédulas
invejosas de retas
e pontos de exclamação!

O que eu prometo
de vez em quando eu cumpro.
O que eu solfejo
de vez em quando vira música
de tocar nos bailes.

Tenho fome de mim
e de tudo que se prenuncia
para depois do fim
dos recitais das cortes
do rei sol primeiro
grande astro de luz.

Encomendo sorrisos de sorrideiras
para o dia de meu nascimento.
Quero récitos e alegorias
de carnaval.
Que tudo recomece
principalmente as ilusões.

Paulo Cezar S. Ventura disse...

Denise,
meu poema Linhas Tortas nasceu aqui nesse espaço, como resposta a esse "Ponto". Mas meu comentário não apareceu aqui, não foi aprovado pelo moderador. Eu o coloquei em meu blog e você então escreveu um outro lá no meu espaço. Apenas quero que saiba que a origem do diálogo foi esse "Ponto", viu? Beijo